Decisões sobre trajetória profissional e mudança de carreira são cada vez mais comuns na vida das pessoas. Mas, para o jovem, essas decisões são ainda mais desafiadoras, já que vivenciam as várias mudanças da adolescência.
Para o jovem,escolher uma profissão é um importante desafio, já que vivenciam a adolescência, com mudanças fisiológicas e corporais, além daquelas psicológicas e sociais. Para além dessas mudanças, acrescente-se pouca ou nenhuma qualificação profissional, mesmo que já atuem no mercado de trabalho. Para uma boa parte desses jovens, a decisão sobre uma carreira passa pela escolha de um curso superior ou técnico.
Essa escolha não se dá no vácuo. Os pais podem acabar por impor suas preferências ou, pelo contrário, deixar o jovem tão solto que este se vê perdido. A escola, por sua vez, pode prover informações e palestras sobre cursos, profissões e mercado de trabalho. Ainda assim, como este jovem pode enfrentar esse processo de decisão e escolha? O que ele precisa saber sobre si mesmo para aumentar suas chances de uma escolha bem-sucedida? A escolha profissional requer um aprendizado de autoconhecimento e de conhecimento da realidade profissional e do mercado de trabalho.
“A escolha profissional requer um aprendizado de autoconhecimento e de conhecimento da realidade profissional e do mercado de trabalho.”
Um trabalho de Orientação profissional costuma visar justamente a esse aprendizado do jovem. Por um lado, levá-lo a conhecer suas motivações, habilidades, seus valores, conflitos, suas expectativas em relação ao tema da profissão. Isso tudo, visto no contexto sociocultural daquele adolescente. Por outro, visa prover o jovem de ferramentas para o conhecimento mais aprofundado das profissões e carreiras de seu interesse inseridas no contexto do mercado de trabalho. Um serviço de orientação auxilia o jovem em sua tomada de decisão, de modo que aumente as suas chances de produzir consequências reforçadoras para si mesmo com sua escolha.
“Os adolescentes têm no processo de orientação profissional um papel ativo, sendo que os terapeutas fazem a mediação entre os integrantes do grupo, além de facilitarem o processo de escolha.”
Para esse objetivo, os adolescentes têm no processo de orientação um papel ativo de identificar e descrever seus interesses, suas habilidades, expectativas; de buscar informações sobre suas profissões de preferência e de combinar esses elementos de modo a produzirem uma escolha profissional com consciência e engajamento. Este processo pode ser auxiliado por psicólogos em sessões individuais, porém, mais comum é este tipo de orientação ocorrer em grupos, pois o grupo proporciona uma maior troca de informações e de apoio mútuo, sendo que os terapeutas fazem a mediação entre os integrantes do grupo, além de facilitarem o processo de escolha. O aprendizado adquirido facilitará escolhas futuras do jovem, tornando-se uma ferramenta útil ao longo de sua vida.